10 livros para quem quer fazer a diferença

Quantos você já leu?

O poeta Mário Quintana já dizia “livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” E quem é capaz de dizer que um livro nunca o(a) mudou? Assim, uma das melhores maneiras de obter inspiração e ideias para mudar o mundo é ler livros que o instiguem, que o provoquem, que o façam refletir e querer mudar a si mesmo e o mundo ao seu redor.

Abaixo trazemos uma seleção de peças que te ajudarão a entender melhor o seu papel e como você pode fazer a diferença hoje. Alguns trazem histórias inspiradoras, outros maneiras práticas de ajudar, ou até provocações éticas e filosóficas. Entretanto, todos possuem algo em comum: após ler qualquer um destes livros, a sua visão de mundo não será mais a mesma.

Para melhorar o mundo, precisaremos de muita gente, muitas ideias e muita execução. Não acreditamos que exista apenas um conceito ou ideia, uma “silver bullet” (bala de prata), que irá resolver todos os nossos problemas. Assim, buscamos trazer uma seleção com diferentes conceitos.

Veja a seguir!

  1. Doing Good Better: How Effective Altruism Can Help You Help Others, Do Work that Matters, and Make Smarter Choices about Giving Back William MacAskill (veja mais detalhes aqui). William MacAskill, professor de filosofia de Oxford e um dos principais teóricos por trás do movimento Altruísmo Eficaz, aprofunda os conceitos do Altruísmo Eficaz e apresenta maneiras de aplicá-los na sua vida.
  2. The Life You Can Save: How to Do Your Part to End World Poverty — Peter Singer (veja mais detalhes aqui). O filósofo Peter Singer aborda questões filosóficas sobre o ato de doar, as ações para a criação de uma cultura de doação mais efetiva. O livro traz sugestões de de como você pode fazer a diferença hoje.
  3. The Most Good You Can Do: How Effective Altruism Is Changing Ideas About Living Ethically — Peter Singer (veja mais detalhes aqui). Trazendo mais valores sobre viver de forma ética, Peter Singer, elabora ainda mais sobre o Altruísmo Eficaz, a sua influência e impacto que o movimento tem tido na mudança da percepção mundial.
  4. 80,000 Hours: Find a fulfilling career that does good— Benjamin J Todd (veja mais detalhes aqui). 80.000 horas: essa é a quantidade de horas estimadas que você trabalha ao longo da sua carreira. Esse livro com certeza mostrará como você é capaz de ter a carreira que deseja e ainda assim fazer o bem.
  5. How to Change the World: Social Entrepreneurs and the Power of New Ideas, Updated Edition — Bill Drayton (veja mais detalhes aqui). O fundador da Ashoka, Bill Drayton, compartilha histórias inspiradoras e sua experiência ao apoiar empreendedores sociais pelo mundo todo.
  6. Building Social Business: The New Kind of Capitalism that Serves Humanity’s Most Pressing Needs— Muhammad Yunus (veja mais detalhes aqui). Nesse livro, o prêmio Nobel da paz, Muhammad Yunus, traz sua experiência e visão na criação de negócios de impacto e como o trabalho com grandes empresas parceiras como a adidas e a Danone tem trazido mudanças na vida de comunidades carentes.
  7. The Blue Sweater: Bridging the Gap Between Rich and Poor in an Interconnected World — Jacqueline Novogratz (veja mais detalhes aqui). Jacqueline é criadora do Acumen Fund, um fundo especializado em negócios sociais. Nesse livro, ela conta sua experiência ao criar o fundo.
  8. Strategy for Sustainability: A Business Manifesto — Adam Werbach (veja mais detalhes aqui). Estar em uma grande empresa não significa deixar de prestar atenção a questões sociais e não participar. Nesse livro, Adam Werback compartilha sua visão e experiência em como negócios podem implementar ações mais sustentáveis e serem mais efetivos.
  9. Qual é a tua obra? — Mario Sergio Cortella (veja mais detalhes aqui). O professor Cortella nos provoca a questionar qual mundo queremos deixar para as próximas gerações. Mais do que bens materiais, "qual a real mudança, melhoria provocada na Terra por conta da sua existência?" e "qual o seu legado?" são perguntas que este livro te ajuda a responder.
  10. Mercy For Animals: One Man’s Quest to Inspire Compassion and Improve the Lives of Farm Animals — Nathan Runkle (veja mais detalhes aqui). Nesse livro, Nathan compartilha sua atuação na causa de proteção ao direito dos animais, contando mais sobre o seu trabalho à frente da Mercy For Animals.

Esses são alguns dos títulos que nos inspiram. E vocês, quais são os livros que vocês recomendam para quem quer fazer a diferença?

Nós, da doebem, acreditamos que a vontade de fazer o bem, aliada ao conhecimento de causas efetivas, proporcionará um real impacto positivo em nosso país. Por isso buscamos as melhores oportunidades de doação no Brasil com base em evidências científicas, tornando assim o processo de doação fácil, seguro e eficiente. Considere começar a doar para as organizações de alto impacto que recomendamos e divulgue a doebem aos seus amigos.

Este post foi escrito por Guilherme Samora e comentado por Elisa Mansur.

Por que criamos a doebem?

Altruísmo Eficaz e a inspiração para a criação da doebem

A gente já vem falando do Altruísmo Eficaz desde os primeiros dias da doebem, mas qual é a nossa relação com esse movimento? Por que nos identificamos tanto com algumas organizações e nos inspiramos nessa iniciativa global? Esse post tem como objetivo esclarecer essas dúvidas.

Se eu te perguntasse: “Qual o maior bem que você pode fazer em sua vida?”, o que você responderia? Foi com essa pergunta que o movimento Altruísmo Eficaz começou. De forma sucinta, esse questionamento inicia uma discussão sobre as diversas ações práticas do nosso dia a dia, que englobam desde a escolha de carreira, até o consumo cotidiano e contribuições para a sociedade, seja através do trabalho voluntário ou de doações financeiras.

Para auxiliar a comunidade e colocar essas ideias em prática, foram criadas diversas organizações do terceiro setor como:

Uma parte importante do movimento é o incentivo a doações de recursos financeiros para organizações que atuam em países em desenvolvimento, principalmente na África. Neste continente, é possível maximizar o impacto positivo gerado por cada doação, porque o custo dos programas é menor do que em países desenvolvidos e o número potencial de beneficiários e pessoas vivendo em situação de extrema pobreza é muito maior.

Essa é a proposta do movimento Altruísmo Eficaz!

A doebem se inspira no movimento Altruísmo Eficaz e está alinhada em diversos pontos defendidos pelo movimento, como a avaliação de impacto de organizações, a doação financeira para organizações sérias e com eficácia comprovada, a pesquisa de intervenções, entre outros. Por outro lado, existe uma diferença entre a atuação da doebem e o movimento Altruísmo Eficaz, pois o incentivo a doações para organizações brasileiras entra em conflito com a maximização da doação ou do impacto positivo que seria obtido com uma doação para organizações que atuem em âmbito internacional, principalmente na África, pelos motivos acima explicados.

Apesar disso, vimos uma grande lacuna no cenário brasileiro de filantropia e que a inércia resultaria na manutenção da falta de direcionamento ou de opções claras de doação efetiva no nosso país, o que pode levar as pessoas a não doarem ou doarem para organizações que não promovem o maior impacto positivo. Assim, dentre os principais motivos para a decisão da criação da doebem estão:

Grande número de organizações do terceiro setor

Por conta de diversos problemas sociais encontrados no Brasil, muitas organizações são criadas. Existem cerca de 300 mil organizações do terceiro setor, de diversos tamanhos e que atuam nas mais diversas causas. Dessa maneira, se você tem a intenção de fazer uma doação, escolher entre tantas organizações pode ser um desafio e tanto, podendo levar à desistência ou a uma escolha ruim.

Desconhecimento de organizações eficazes que atuam no Brasil

Fora a grande quantidade de organizações, existe a dificuldade em saber quais organizações possuem dados e podem avaliar a eficácia de seus programas. Assim, é difícil saber e encontrar as organizações que atuem com intervenções que realmente resolvem problemas e ajudam a eliminar a extrema pobreza.

Baixa cultura de doação no Brasil

Infelizmente, não possuímos em nossa cultura o hábito de realizar doações financeiras para causas sociais como existe em outros países. Dentre os principais motivos que inibem as pessoas de realizar doações estão a falta de confiança e más experiências de doação. A título de comparação, enquanto doadores individuais chegam a doar cerca de 2,1% do PIB nos Estados Unidos, no Brasil esse número corresponde a apenas 0,23% do nosso PIB. Podemos aumentar esse número, e muito!

Desconhecimento de quando organizações internacionais podem avaliar organizações que atuam no Brasil

Devido a quantidade de problemas e organizações que atuam na África, é bem improvável que a curto e médio prazo, organizações internacionais como GiveWell realizem avaliações de organizações que atuam no Brasil, tanto por conta dos custos das intervenções serem maiores aqui, como pelo número de beneficiários na África ser muito maior.

Nesse cenário, ao criar a doebem, esperamos influenciar ativamente mais pessoas a se sentirem confiantes em realizar doações financeiras para organizações sérias brasileiras e, posteriormente, incentivá-las a doarem para organizações internacionais também. Promovemos, assim, uma mudança em nossa cultura de doação e a forma como vemos a filantropia.

doebem e William MacAskill, um dos fundadores do movimento. Tivemos a oportunidade de conhecê-lo no EA Global 2016 em Berkeley, na Califórnia.

De forma resumida, os objetivos da doebem são:

  1. Encontrar organizações sérias e eficazes no Brasil;
  2. Incentivar doações para essas organizações recomendadas;
  3. Influenciar mais organizações sociais a se preocupem com a eficácia de suas ações e buscarem avaliar suas intervenções;
  4. Promover o Altruísmo Eficaz no Brasil;
  5. Incentivar doações para organizações eficazes internacionais.

Nós, da doebem, acreditamos que a vontade de fazer o bem, aliada ao conhecimento de causas efetivas, proporcionará um real impacto positivo em nosso país. Por isso buscamos as melhores oportunidades de doação no Brasil com base em evidências científicas, tornando assim o processo de doação fácil, seguro e eficiente. Explore nosso site (www.doebem.org.br) e comece a doar. Divulgue também para seus amigos.

Este post foi escrito por Guilherme Samora e comentado por Elisa Mansur, Bárbara Sengia e Rhayana Holz.

Usando o remédio certo para “doenças” da sociedade

Como resolver os problemas do nosso país?

Imagine a seguinte situação: você começa a se sentir mal, vê que está com febre, dor de garganta e calafrios. Você vai ao médico e é diagnosticado(a) com amigdalite, uma infecção na garganta que, sem ser tratada, pode se tornar muito perigosa. O seu médico te explica a situação e receita apenas um remédio contra enjoo. Você acha muito estranho, mas vai à farmácia, compra o remédio e começa a toma-lo. Não é surpresa nenhuma que depois de uma semana, apesar de você ter tomado o remédio conforme sugerido, os sintomas ainda persistam e possam estar ainda piores.

Essa história parece extremamente absurda, não é? Um médico receitar apenas um remédio contra enjoo para uma amigdalite. Até parece! Você não está nem enjoado! Essa situação é tão fora do comum que nem a consideramos possível.

Agora pense nesta outra situação.

Digamos que um país possua uma “doença”: 8% das crianças estão fora da escola. Coloque-se no papel de um médico que precisa receitar um remédio para essa doença. O que você receitaria? Um remédio cientificamente comprovado para curar a doença? Ou outro remédio que você desconhece o efeito, que pode ser ineficiente ou, ainda pior, que tenha efeito negativo sobre a doença específica?

Mas é claro que queremos um remédio que traga resultados e elimine essa doença!

Fazendo uma simples analogia, podemos considerar que intervenções sociais nada mais são que remédios para resolver as doenças — ou problemas — de uma sociedade. Porém, muitas vezes, mesmo com as melhores das intenções, promovemos intervenções cujos efeitos sobre o problema em questão, nós desconhecemos.

No campo de políticas públicas e ações sociais, vivemos em um cenário em que todos os anos, uma quantidade enorme de recursos é destinada a remédios (intervenções sociais) para combater diversas doenças (problemas sociais) sem saber o quão eficazes esses remédios são. Com isso, os problemas persistem e continuamos colocando recursos como dinheiro, tempo e pessoas em ações que não estão resolvendo nossos problemas.

“E como podemos fazer diferente, então?”, você deve estar se perguntando.

Existem diversos modos de mensurar o impacto das ações sociais, alguns mais simples e outros mais complexos, como testes controlados randomizados. Mas o mais importante aqui é saber da existência desses métodos e buscar apoiar intervenções com impacto comprovado.

Por exemplo, vamos voltar à nossa “doença” de 8% das crianças fora da escola. Em estudos sobre a melhor maneira para se aumentar a frequência escolar, diversas intervenções foram testadas, como a distribuição de material escolar, entrega de uniformes, aulas com dois professores na sala de aula e fornecimento de bolsa de estudos para meninas. Qual dessas intervenções você acredita que teve o maior impacto para o aumento de frequência escolar?

Nenhuma.

Por mais contra-intuitivo que pareça, a intervenção que teve o maior impacto positivo no aumento da frequência escolar foi a distribuição em massa de remédios contra a esquistossomose, como comentamos nesse post.

Ao se ter ciência de tais métodos e também da existência de intervenções de alto impacto, deixamos o “achômetro” de lado e conseguimos tomar decisões baseadas em estudos e que realmente podem resolver os problemas sociais com os quais nos importamos. Sem esses estudos, muitos recursos podem ser destinados para intervenções pouco efetivas, enquanto a solução comprovadamente melhor corre o risco de não receber o apoio necessário.

Por isso, é importante verificarmos se a intervenção possui uma avaliação clara de sua eficácia, para, assim, focarmos em remédios comprovados.

Nós, da doebem, acreditamos que a vontade de fazer o bem, aliada ao conhecimento de causas efetivas, proporcionará um real impacto positivo em nosso país. Por isso buscamos as melhores oportunidades de doação no Brasil com base em evidências científicas, tornando assim o processo de doação fácil, seguro e eficiente. Explore nosso site (www.doebem.org.br) e considere começar a doar. Este post foi escrito por Guilherme Samora e revisado por Elisa Mansur.

Você pode fazer a diferença… hoje!

Fatos e dicas sobre doações individuais.

Bill Gates. Warren Buffett. Elie Horn. Jorge Paulo Lemann.

O que eles têm em comum? Tirando o fato de serem bilionários e terem mais de 60 anos, todos eles estão ativamente envolvidos com atividades filantrópicas, criando organizações sociais ou doando uma parte considerável de suas fortunas para instituições de caridade.

‘The Giving Pledge’: compromisso de bilionários e milionários ao redor do mundo de doar parte de suas fortunas

Muitas vezes, manchetes que anunciam o fato de que algum bilionário ou milionário decidiu doar milhões para uma causa social fazem com que as pessoas pensem que as suas doações, comparadas com as cifras milionárias, não fariam diferença alguma. E em último caso, isso leva à decisão de não doar.

Entretanto, não vamos tirar conclusões precipitadas, pois estão faltando informações sobre o verdadeiro cenário das doações. A verdade é que o total de doações de pequenos doadores é muito maior do que a dos grandes filantropos e empresas.

Surpreso? Então, a doação de pequenos doadores representou quase ¾ das doações totais nos Estados Unidos em 2014. Veja abaixo!

Claramente, existem fatores históricos e culturais diferentes no Brasil, podendo levar a um cenário diferente no nosso país. Porém, o ponto é claro: o poder dos doadores individuais é muito grande. Concordamos que é extremamente importante conhecermos os grandes doadores, que servem de exemplo para nossa decisão de ajudar, mas são doações e contribuições como a sua que fazem a maior diferença.

A nossa conclusão é que, ao contrário do que possa parecer muitas vezes, você não precisa esperar até ter muito dinheiro ou estar em idade avançada para doar. Você pode doar e fazer a diferença hoje!

Por isso, compartilhamos abaixo algumas dicas para você começar hoje com o hábito de doar:

  1. Busque organizações sérias, nas quais você confia e conhece o impacto positivo. Nós, da doebem, buscamos as melhores oportunidades de doação no Brasil com base em evidências, como você poderá conferir em nosso site.
  2. Faça um pequeno “compromisso” (assim como o Bill Gates e o Warren Buffett fazem através do ‘Giving Pledge’) de doar todo mês um pequeno valor, pode começar com R$10 ou R$20 e ir aumentando conforme sua capacidade.
  3. Reveja periodicamente para quais organizações você acha melhor doar. Isso faz com que você aprenda mais sobre outras organizações e seus trabalhos… E promova cada vez mais impacto positivo.
  4. Compartilhe sua doação com seus amigos e incentive-os a doar também!

Se quiser saber mais, visite o nosso site, a nossa página no Facebook ou inscreva-se no nosso mailing list. E continue nos acompanhando aqui para mais novidades! Este post foi escrito por Guilherme Samora, revisado por Elisa Mansur e comentado por Leo Arruda.