Por que doebem?
Acreditamos que o trabalho de identificar e recomendar as organizações mais custo-efetivas do Brasil, ou seja, que causam o maior impacto social positivo para cada unidade monetária investida, pode ter um impacto muito grande.
(i) estudos indicam que as organizações mais eficazes são mais de 100x melhores que a média das organizações;
(ii) o volume do doações no Brasil é significativo e existe demanda por mais confiança e assertividades na doações
(iii) Este trabalho está sendo feito com sucesso fora do Brasil por meio da GiveWell, organização que inspira nosso trabalho e que já destinou mais de R$10 bilhões para organizações de alto impacto.
Organizações eficazes são 100x melhores do que organizações médias
Mas quão grande é a diferença de impacto positivo que posso ter apoiando organizações efetivas?
Em 2009, dois filósofos da Universidade de Oxford — Toby Ord e William MacAskill — se propuseram a explorar esse problema pesquisando quais organizações fazem o maior bem com cada dólar gasto.
Eles descobriram que algumas organizações podem ser muito mais eficazes em ajudar os outros. Se ordenarmos as intervenções em ordem de custo-efetividade (representada no eixo Y), obtemos o seguinte gráfico:
x: intervenções por custo efetividade / y: custo-efetividade; Effective Giving 101: Giving What We Can
Podemos ver que aproximadamente 60% das intervenções têm impacto próximo de zero, mas que as melhores têm um impacto muito grande, até 100x maiores que a média. Esta análise foi replicada para intervenções de saúde pública no Reino Unido, intervenções sociais nos Estados Unidos, entre outros, com conclusões semelhantes.
Neste contexto, o trabalho de pesquisa para identificar as organizações mais custo-efetivas se torna fundamental. Até onde sabemos, a doebem é pioneira nesta busca no contexto brasileiro.
Existe demanda por mais confiança e assertividades na doações no Brasil
O volume de doações no Brasil é grande e crescente. De acordo com dados da Pesquisa Doação Brasil de 2022, conduzida pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), as doações individuais no Brasil movimentaram cerca de R$12.8 bilhões em 2022, um crescimento de 24% quando comparado a 2020.
A pesquisa também revelou que fatores relacionados à confiança no trabalho das organizações aparecem dentre os mais relevantes para encorajar a doação: entre os não doadores, a transparência na gestão da organização (10%) e no uso dos recursos doados (13%), bem como um sentimento de confiança na organização receptora (12%) são fatores que os incentivariam a doar.
Os números de valor movimentado em doações e razões para a conversão de um não-doador em doador demonstram a oportunidade que buscamos capturar: fomentar a cultura de doação eficaz no Brasil e multiplicar o impacto social positivo através das melhores organizações.
Inspiração: GiveWell
Nosso trabalho é inspirado na GiveWell, uma organização de pesquisa que avalia e recomenda algumas das melhores oportunidades de doação do mundo, sob a ótica da custo-efetividade.
Desde 2007, foram mais de 125.000 doadores individuais e R$10 bilhões (c. US$2 bilhões) doados para as organizações apoiadas - resultando em aproximadamente 200.000 vidas salvas.
Para nós, o sucesso da GiveWell reforça o grande impacto que podemos ter a partir do nosso trabalho de pesquisa, avaliação e recomendação de organizações custo-eficazes.
R$432.304
Direcionados para organizações efetivas